mercredi 18 avril 2007

Era uma vez um basco na America




Meu companheiro de sala, o basco Mikel, acaba de voltar de um congresso em Savannah, nos EUA. Foi sua primeira aventura no pais. Eles passou 3 dias mas voltou cheio de impressões européias sobre o pico.

Ele me conta, perplexo, que Savannah é conhecido como "the pedestrian town" porque é uma das poucas cidades americanas pedestrian-friendly. Mas ninguém anda. As ruas sempre vazias. Os turistas (que são muitos e todos da classe média do pais) passeiam de trenzinho ou de charrete. Ele disse que quando eles cruzavam um outro aventureiro a pé, tinham certeza que era um Europeu, lah também para o congresso.

Também o impressinou o medo que rege o pais. Segundo Mikel, mesmo que você não tenha medo de inicio, acaba ficando com medo. Você liga a televisão, e todas as noticias são dadas em tom de fim do mundo. Por exemplo, as ABCs da vida anunciavam histericamente um tempo HORRIVEL, cuidado, TRAGEDIA. E consequentes atrasos de no minimo duas horas nos võos. Ele saiu do hotel assustadissimo, imaginando ser engolido por um ciclone ou obrigado a acampar no aeroporto. Não choveu. O avião não atrasou nem um minuto.

Mas o maior medo de todos ele sentiu pouco tempo antes do pouso do avião em solo americano. A aeromoça anunciou que estavam no avião dois HEROES da patria, vindos diretamente do Iraque, onde lutavam pela DEMOCRACY e FREEDOM, bla blab la, e que eles mereciam uma demonstração de boas vindas de todos os passageiros. E aih todos, TODOS os passageiros começaram a aplaudir loucamente os soldados da liberdade. O medo do Mikel não foi nem tanto o discurso bizarro de herois da democracia que soltou a aeromoça mas o fato que TODOS aplaudiram, que ninguém vaiou, que ninguém fez cara de "fala sério", que geral assinou embaixo do discurso bizarro da aeromoça como se fosse o unico e verdadeiro discurso.

E, sim, finalmente as gordas- o numero de e a gordice de cada- também o impressionaram. Ele trouxe fotos e tudo.

1 commentaire:

Anonyme a dit…

esse lance da apologia do medo foi bem explorado no "Bowling For Columbine", do Michael Moore. Ele vai alem: Medo enxertado de consumo. Serah que vai ter um "Bowling...O Retorno" agora depois da chacina da Virginia Tech?