lundi 10 avril 2006

Ruas da Cidade







A gente foi se encontrando au fur et à mesure, uma parte na casa de um, depois no bar, uns outros na rua e finalmente uns ultimos na porta do lugar onde era o show. Era dia de bruxaria, a gente foi bebendo cervejotas no "au fur et à mesure", a gente ia ver um show de musica brasileira, pancadão no surdo, numa cave-inferninho, samba suor e cerveja. Não sei quem tirou da onde essa historia de show de musica brasileira. Porque,na verdade, o show era de jazz arabo-andalou, o que eu tinha certeza que era invenção engraçadinha da banda, esse estilo musical. Mas não é, existe essa parada, até na internet existe. E o contra-baixista, depois do show, explicou bebendo uma cerveja no corredor, que musica arabo-andalou é musica originalmente sagrada, do Magrebe, claro, que aqui arabe é magrebino e não sirio-libanês como aih. Well, nada a ver com samba suor e cerveja. A cave-inferninho se transformou de repente em cave-smoke free e a gente que jah tinha bebido cerveja e estava louco pra rir e conversar, cada vez que ria ou conversava tomava um tchuuuuuut! na cara.

Os caras eram: um pianista mas como o piano não entrava na cave ele tava tocando teclado, o que certamente deu uma prejudicada no som todo; um contra-baixista que dava um groove maneirissimo à musica; um percussionista, que vinha a ser o Ali que ensinou percussão oriental pro Florent e o cara que ensinou percussão oriental pro Florent soh poderia ser bom percussionista pra caralho; e um cara que tocada instrumentos de corda. Tipo vaaaarios instrumentos de corda. Cada hora ele tirava um da manga, parecia que ele queria tirar onda e ele até podia tirar onda que ele mandava benzão. Tinha violão, rabeca, oud e outros que eu não sei o nome. O oud é lindo, esse aih no desenho, sem sem ser a rabeca, claro, e que tem o fim do braço virado assim mesmo, não é falta de noção do desenhista.

O show foi excelente, os caras tocavam muito bem, mas lah pelas tantas eu tive que subir pro corredor non-smoke free, o corredor-inferninho, onde todo mundo que estava de sexta-feira bruxaria passava e ficava, bebendo cerveja rindo fumando. Passou e ficou até o contra-baixista, como eu disse. E também um dos caras que toca na fanfarre da feira de Saint Aubin, minha feira de todos os domingos. E o Mon Amour convidou o cara da fanfarre e a fanfarre toda finalmente (eles são 18) pra virem tomar umas lah em casa depois da feira. E tocar, claro. Os vizinhos vão A-DO-RAR.

Depois do show a gente foi sentar na beira do rio e ficou conversando sobre qualquer coisa, a maiorira das coisas era politica, Sarkosi, utopia, CPE... O CPE sempre volta. Eu não conversei nada sério que não era hora de coisas sérias. Fiquei lah ouvindo, mandava um ou outro comentario e pensava que é bom morar numa cidade onde a gente sai de um show às 2 da matina, vai andando até um parque na beira do rio, senta na grama e conversa e nunca, NUNCA olha pro lado pra ver se vem alguém assaltar.

3 commentaires:

Anonyme a dit…

Mercado promissor para assaltantes, ou a policia eh que eh eficiente?

Helena a dit…

Hahaha. Bros, vc estah vendido pra economista. Estranhando sempre quando não hah equilibrio entre oferta e demanda.

Anonyme a dit…

Na verdade estou eh considerando uma career change, hahahaha!