jeudi 18 mai 2006

Amsterdão: eu fui

Varias aventuras depois, incluindo perder a maquina então não não tem foto, I am sorry, yes I am actually very very sorry, estou de volta aos 30 graus do neo-Printemps do sudoeste da França nesses tragicos tempos de aquecimento global.

O meu pai vai morrer nisso aqui em julho. Não tem ar condicionado. Em lugar nenhum.

Pior, talvez ele não morra. Talvez ele mate eu e minha mãe.

Amsterdam. Lindo de morrer, os holandeses são simpaticos e farristas e cada um na sua mesmo. A teoria do meu tio que mora la é que não é bem direitos individuais mas tipo nego caga pro proximo então o proximo faz o que quiser. Que seja. Bom mesmo é o cheiro de live and let live no ar, melhor que cheiro de pão saindo do forno.

Tem um casal de homens casado mesmo, papel e tudo e quando eles recebem um convite pra uma festa da empresa de um, vem bonitinho Sr & Sr Seilaoquê.

A pessoa pode fumar em qualquer lugar (tabaco). Tipo nem existe lugar de fumante e não fumante na Holanda. Incrivelmente, os holandeses além de simpaticos, sofreram uma mutação genética que faz com que eles não morram de tossir se alguém acende um cigarro do lado deles. Curiosamente, os holandeses estão vivos, de olhos azuis e com dois metros de altura e não todos mortos de câncer de pulmão.

A pessoa pode fumar maconha de boa qualidade e sem mistura, com controle de qualidade, comprada legalmente num barz ao lado de casa. A pessoa pode fumar um baseado entre o trabalho e a casa em vez de tomar um uisque ou cervejota. Curiosamente os holandeses não tem todos dreadlock nem babam nem ficam doidões pelas ruas dando uma de incoveniente e essas coisas horriveis todas que os maconheiros fazem.

Curiosamente eu não vi nenhum (NENHUM) carro de policia, 1 policial (botando uma tranca amarela num carro que não tinha pago o estacionamento), nenhum roubo, nenhum tiroteio, nenhum briga de rua ou de bar ou de boate, nenhum membro do PCC, nenhum carro arrombado, nenhum moleque de rua, nenhum cocô de cachorro na calçada, nenhum vendedor ambulante, nenhum pedidor de dinehiro ambulante.

Enquanto isso, em São Paulo. E a noticia na televisão era em holandês. Uma hora mostraram a penitenciaria de Mogi das Cruzes e eu pude localizar o estado onde se passava a noticia. Deu pra ver que tinha camburão no meio e merda, muita merda. Mas foi so quando a gente encontrou a TeleCinq International, com gente falando lingua que gente sub-desenvolvida entende, é que eu entendi o tanto de merda.

Esta todo mundo escrevendo sobre São Paulo. Eu não vou escrever não. Eu não sei o que dizer a não ser "ainda bem que não morreu mais gente".

E que em São Paulo, a pessoa não pode fumar um baseado legal. Porque o Brasil é um lugar sério e maconha é coisa do demo.

Claro que PCC não tem nada a ver com as calças de coffeshop. O problema do PCC é que...
( ) é tudo uma pôca vergonha;
( ) o Lula não tem um dedo;
( ) não tem pena de morte no Brasil (alguém ainda diz isso?);
( ) pobre tem mais é que morrer;
( ) todas as alternativas acima.

Deve ser.

2 commentaires:

Anonyme a dit…

ó, tá vendo o que eu disse? eu falo falo e depois tenho que vir consertar a mim mesma, tu não fala nada e fala melhor que eu.
evoé...

Anonyme a dit…

Helena, adorei esse "post".
Eu ia falar que faltou a opcao "bandido bom eh bandido morto", mas "Pobre tem mais eh que morrer" meio que engloba isso, pois bandido rico nao eh do PCC (nem CV, CVJ, CVRL, 3C, ADA, etc). Esqueci dessa tua viagem, e voce ficou perguntando da minha vidinha pacata no messenger hoje e nem contou das suas aventuras!!!